Quando os livros didáticos abordam o tema “SISTEMA SOLAR”,
geralmente apresentam uma figura esquemática do mesmo. Nesta figura o
Sol e os planetas são desenhados sem escala e isto não é escrito no
texto, o que permite ao aluno imaginar que o Sol e os planetas são
proporcionais àquelas bolinhas (discos) lá desenhados. Apesar de não
estarem em escala, os planetas maiores são representados por bolinhas
grandes e os menores por bolinhas pequenas, mas sem nenhuma preocupação
com escalas. Em alguns livros o diâmetro do Sol é comparável ao de
Júpiter, o que é um absurdo, claro!
Alguns livros apresentam, além das figuras esquemáticas, uma
tabela com os diâmetros do Sol e dos planetas. Esta tabela também não
ajuda muito, porque não se consegue imaginar as diferenças de tamanho
dos planetas e do Sol apenas vendo os números dos seus diâmetros.
Sugerimos abaixo um procedimento experimental, que os alunos
podem executar como tarefa extraclasse, reproduzindo (ou não) o material
do professor e que permite visualizar corretamente a proporção dos
tamanhos dos planetas e do Sol, sem recorrer aos valores reais dos seus
diâmetros. Comparação entre os tamanhos dos planetas e do Sol através de
esferas
Para darmos uma visão concreta do tamanho dos planetas e do
Sol, representamos o Sol por uma esfera de 80,0 cm de diâmetro e,
conseqüentemente, os planetas serão representados, na mesma proporção,
por esferas com os seguintes diâmetros: Mercúrio (2,9 mm), Vênus (7,0
mm), Terra (7,3 mm), Marte (3,9 mm), Júpiter (82,1 mm), Saturno (69,0
mm), Urano (29,2 mm), Netuno (27,9 mm) e Plutão (1,3 mm).
Para representarmos o Sol, usamos uma bexiga (amarela, de
preferência) de aniversário, tamanho grande (aquela que geralmente é
colocada no centro do salão de festas, com pequenos brindes dentro dela e
é estourada ao fim da festa), a qual é encontrada em casas de artigos
para festas (ou atacadistas de materiais plásticos).
Enchemos a bexiga no tamanho certo, usando um pedaço de
barbante de comprimento ( C ) igual a 2,51 m , com as pontas amarradas,
pois C = 3,14*D, sendo D = 80 cm (o diâmetro que a bexiga deve ter). À
medida que a bexiga vai sendo enchida (na saída do ar do aspirador de
pó), colocamos o barbante no seu equador até que o barbante circunde
perfeitamente a bexiga. É fundamental que o barbante seja posicionado no
equador (meio) da bexiga durante o enchimento, pois se ele ficar acima
ou abaixo do equador da bexiga, ela poderá estourar, para a alegria da
criançada.
Conclusão
Esta atividade permite ver a gigantesca diferença de volume existente entre o Sol e os planetas. Só mesmo enchendo a bexiga e fazendo as bolinhas que representam os planetas, tomaremos consciência da enorme diferença que existe entre os volumes do Sol e dos planetas.
Os alunos participam animadamente desta atividade. Esta é uma atividade que, uma vez feita, dificilmente se esquece, pois ela é muito marcante.
Fica ainda como sugestão que na impossibilidade de se fazer esta atividade tal como descrita acima, ela seja feita só com discos. Emenda-se duas cartolinas amarelas e recorta-se um disco com 80 cm de diâmetro. Recorta-se e pinta-se também discos de papel com os diâmetros dos planetas e pronto: temos o SISTEMA SOLAR nas mãos para comparações, o que é melhor que tabelas com números e figuras desproporcionais.
Referência:
Anuário Astronômico, Instituto Astronômico e Geofísico - USP, São Paulo, 1994.
Materiais:
- 1-Rolo de Papel Alumínio
- 1-Rolo de Barbante
- 1-Bexiga tamanho gigante
- 1- Folha com os tamanhos dos discos dos Planetas
- 1- Régua
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